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sábado, 27 de setembro de 2014





'SÃO PAULO EM HI-FI'

Documentário gay brasileiro
vence festival português
O longa-metragem brasileiro “São Paulo em Hi-Fi” foi o vencedor de melhor documentário no Queer Lisboa, o maior festival de cultura gay português. O anúncio foi feito no sábado, 27.
Dirigido por Lufe Steffen, o filme perpassa a noite gay paulistana durante as décadas de 1960, 1970 e 1980 em épocas difícieis quando a comunidade LGBT enfrentou a Ditadura Militar e a aids.
O prêmio de melhor longa foi para o sueco “Something Must Break” (2014) de Ester Martin Bergsmark. Ao todo, foram exibidos 135 produções.

LEI DA 'SHARIA'

Província da Indonésia aprova punição
a gays com 100 chibatadas
A Indonésia, país com a maior população islâmica do mundo (estima-se em 184 milhões só lá), deu um passo atrás nos direitos humanos esta semana.
Legisladores da província autônoma de Aceh aprovaram a punição de 100 chibatadas a todos que mantiverem relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.
Também foi aprovada por unanimidade pelo Parlamento local a punição para o “atrito das partes do corpo da mulher para estimular-se”, ou seja, a masturbação.
Já são punidos na região com castigos físicos o atos de beber álcool, apostar e manter relações fora do casamento. Desde 2010, ao menos 156 foram condenadas castigos físicos em Aceh, segundo a Anistia Internacional. A entidade condenou a nova lei e pediu que seja retirada imediatamente.
A lei da “sharia” ou lei islâmica é comum nos países africanos e do Oriente Médio, onde muçulmanos são maioria. Muitas vezes a “polícia religiosa” chega a se sobrepor e ter mais poder que a polícia civil ou militar.

ALIADOS VENCERAM

Aprovada na ONU resolução sobre
violência homofóbica no mundo
Por 25 votos contra 14 foi aprovada, na sexta-feira, 26, na Organização das Nações Unidas (ONU), projeto que pede que a entidade avalie a violência contra LGBT a cada dois anos.
O projeto foi patrocinado pelos governos do Brasil, Chile e Uruguai e foi um embate da América Latina e Europa contra as nações árabes e africanas. O texto determina que a entidade expresse “a grave preocupação contra atos de violência e discriminação cometidos contra indivíduos por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero”.
“O termo orientação sexual pode ser destrutivo e é um inimigo à fé muçulmana e aos jovens”, declarou a delegação do Paquistão, em um documento enviado à ONU. Dentre os que votaram contra estavam Costa do Marfim, Etiópia, Argélia, Arábia Saudita, Indonésia e, claro, a Rússia.
Dos Brics, Índia e China preferiram se abster (foram sete abstenções ao todo) e África do Sul votou com o Brasil, indo contra o bloco africano, repleto de homofobia. Cuba e Venezuela, que geralmente votam contra qualquer resolução do Ocidente, votaram a favor, assim como as católicas Irlanda e Itália, que disseram que a resolução vai ajudar a melhorar a difícil situação na qual muitos gays e lésbicas têm que viver.

NIGÉRIA

Falta de recursos pode deixar 1,2 milhão
de pessoas com HIV vulneráveis
Especialistas calculam que até 80% das despesas com o HIV/Aids na Nigéria sejam financiadas por doações. E elas, infelizmente, diminuíram muito.
A Rede de Pessoas Vivendo com HIV/Aids na Nigéria queixou-se esta semana de que o “financiamento é cada vez menor e que os doadores que nos apoiavam estão se retirando”.
Estima-se que 3 milhões de pessoas sejam soropositivas no país e 1,2 milhão precisam de tratamento urgente. “O que isto significa é que o nosso governo tem que acordar para as suas próprias responsabilidades, para colocar as pessoas em tratamento”, disse Edward Ogenyi, coordenador nacional da rede.

NESTE DOMINGO

Após três anos, Parada Gay de
Belgrado volta a ser autorizada
A Parada do Orgulho Gay de Belgrado, na Sérvia, acontecerá neste domingo, 28, após três anos de suspensão.
O ministro do Interior do país, Nebojsa Stefanovic, declarou à imprensa, na sexta-feira, 26, que o departamento de coordenação dos serviços de segurança “não proibiu a realização da Parada Gay no dia 28, apesar de diferentes opiniões”.
Segundo o ministro, os coordenadores têm liberdade para cancelar o desfile se perceberem riscos em novas avaliações. A principal preocupação é evitar atos de violência no domingo.
A primeira parada gay da capital sérvia aconteceu em 2010, mas foi interrompida por homofóbicos que agrediram os policiais, que protegiam os participantes. Cerca de 150 pessoas ficaram feridas por causa dos confrontos.
Nos três anos seguintes, o evento foi suspenso por causa de ameaças de grupos homofóbicos e de extrema-direita. A decisão foi criticada pela Comissão Europeia e por ONGs como a Anistia Internacional por considerarem que o governo não garantia direitos fundamentais aos cidadãos, como reuniões pacíficas.

VIOLÊNCIA

Gay é apedrejado até a
morte na África do Sul
O corpo de um homem foi encontrado seminu em meio a rochas e pedras e com a cabeça esmagada no Booysens Park, Port Elizabeth, na África do Sul, na terça-feira, 23.
Skumbuzo Harold Mkefile, de 24 anos, era gay e gostava de usar roupas femininas. Foram encontradas roupas de mulher junto ao corpo.
Segundo o jornal The Afrikaans Son sua família e seus amigos acreditam que ele foi assassinado por ser abertamente homossexual e vestir roupas femininas.

GRANDE LEGADO

Tony Blair é eleito ícone
gay das últimas 3 décadas
O ex-premiê britânico Tony Blair foi um dos 30 eleitos como um dos maiores ícones gays das últimas três décadas pela revista Gay Times.
A lembrança do nome do homem que governou o Reino Unido entre 1997 e 2007 se justifica por ter sido em seu governo que foi aprovada a união civil homossexual, a lei contra crimes homofóbicos e a diminuição de idade para união consentida para 16 anos para gays igualando-os aos héteros no país onde a revista é publicada.
“É algo de que me orgulho muito”, disse Blair sobre a inclusão de seu nome na lista. “Eu considero isso como uma parte significante do meu legado”.
Na lista estão nomes como o das divas da música Madonna, Cher, Barbra Streisand e Annie Lennox, as transgêneros RuPaul e Divine, as atrizes Elizabeth Taylor, Bette Midler e Jennifer Saunders, os atores Neil Patrick Harris, Eric McCormack (o intérprete de Will em “Will & Grace”) e Sir Ian McKellen, os cantores Boy George, Jimmy Sommerville e Andy Bell, a comediante e apresentadora Joan Rivers e até a novata Conchita Wurst, que venceu o concurso Eurovision este ano. A curiosa ausência é a de Elton John.

A PARTIR DE 2022

COI impõe regra contra discriminação
nos Jogos Olímpicos
A partir de 2022 o Comitê Olímpico Internacional (COI) vai impor uma regra aos países que sediarão os Jogos de Verão e os Jogos de Inverno.
“O novo artigo, contra a discriminação para os Jogos Olímpicos e seus participantes, está agora incluído no contrato para a sede [dos Jogos de Inverno] de 2022. Ela é baseada no princípio fundamental 6 da Carta Olímpica”, informou a entidade ao site Máquina do Esporte.
A regra citada pelo COI afirma que “qualquer forma de discriminação em relação a um país ou pessoa por motivos de raça, religião, política, sexo ou outras formas é incompatível com o Movimento Olímpico”.
Nos Jogos de Inverno realizados em fevereiro passado em Sochi, na Rússia, a entidade foi bastante criticada por escolher um país que penaliza a homossexualidade. Diversos atletas e personalidades se manifestaram contra a lei que proíbe “propaganda homossexual” frente a menores de idade no país e que vigora desde meados de 2013.
De acordo com o COi, o problema será mais discutido na Assembleia Geral da entidade, em 2020, que “vai moldar o futuro do Movimento Olímpico”. “A Carta Olímpica é muito clara ao dizer que não pode haver nenhuma forma de discriminação durante os Jogos, e nós trabalhamos para ter certeza de que esse princípio seja respeitado continuamente, em cada edição dos Jogos Olímpicos”, afirmou o comitê.
Mas deve haver novos problemas. Duas das três cidades que concorrem para sediar a Olimpíada de Inverno de 2022 estão em países que não respeitam os direitos LGBT: Pequim (China) e Almaty (Cazaquistão). Das três, apenas Oslo (Noruega) é um exemplo de respeito à cidadania LGBT e dos direitos humanos em geral.

PESQUISA

Bissexuais têm menos
apoio que gays e héteros
A vida para os bissexuais não é nada simples. Um estudo publicado pela Human Rights Campaign, a maior entidade arco-íris dos Estados Unidos, mostrou que enquanto 79% dos jovens héteros têm apoio da família, apenas 44% dos jovens bissexuais conseguem o mesmo.
A pesquisa revelou que os bissexuais relatam mais assédio e infelicidade e que muitos não se sentem aceitos pela comunidade LGBT. O motivo? Muitos jovens bissexuais dizem que homossexuais, principalmente, os taxam como “confusos” ou que estariam passando por uma “fase”.
Essa ideia de que a bissexualidade é uma fase entre a heterossexualidade e a homossexualidade encontra algum fundamento no estudo, que relata haver muito mais bissexuais dentre os alunos da faixa de 12 a 15 anos do que os da faixa entre 16 e 18 anos. No entanto, há, claro, muitos bissexuais que não estão transitando por nada e já se definiram, e sofrem bastante.


HOMOFOBIA

Candidato defensor de LGBT é
agredido a pedradas no Amapá
O candidato a deputado federal pelo PSOL do Amapá, Waldir Pires Bittencourt, foi alvo de agressão enquanto distribuía material de campanha, na quarta-feira, 24, na capital do Estado, Macapá.
“Passou um carro e uma pessoa de dentro jogou-me uma pedra que atingiu o meu rosto, minha testa, que imediatamente começou a sangrar muito” disse Waldir em sua página no Facebook, junto a uma foto em que sangrava após o ataque (imagem abaixo).
“Vivemos em um país homofóbico e violento, onde pessoas que defendem as liberdades individuais, como eu, podem, a qualquer momento, sofrer uma agressão, inclusive física como a de hoje”, continuou.
O candidato, que defende os direitos arco-íris, afirmou ao jornal O Globo que estava recebendo ameaças há alguns dias. “Mas não tinha feito a denúncia. Comuniquei à direção da minha organização política e estávamos procurando assessoria jurídica para ver como deveríamos proceder, mas não deu tempo. A agressão aconteceu logo no dia seguinte ao início das ameaças”. O caso foi registrado na 6ª DP, região central de Macapá.
Waldir disse que continuará militando em favor dos LGBT. “Acredito que é possivel prevenir a homofobia, através de um plano efetivo de educação nas escolas e através da criminalização da homofobia. Depois do mandato do companheiro Jean (Wyllys, deputado federal pelo PSOL-RJ) que é um dos maiores incentivadores de nossa campanha, conseguimos avançar, mas ainda não podemos parar de lutar”, afirmou à reportagem.